quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pessoas incompetentes não notam a própria incompetência

Não é preciso ser um gênio para notar esse “fenômeno”, mas agora cientistas conseguiram prová-lo

Fonte: Revista Galileu

por Redação Galileu
Editora Globo
"Monto a estante em 2 minutos"! Mais do que convencimento, o otimismo pode mostrar verdadeira ignorância sobre um assunto // Crédito: Shutterstock
Psicólogos da Universidade de Cornell conseguiram provar o que todos já sabiam: gente incompetente não se acha incompetente. Após mais de uma década de pesquisas, foi demonstrado que humanos não conseguem mensurar o que não sabem. Em outras palavras, quando alguém não conhece um assunto direito, há grandes chances dessa pessoa dizer que sabe mais do que a média.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas aplicavam provas sobre assuntos de conhecimento comum a voluntários – os tópicos variavam entre assuntos como prevenção de DSTs, inteligência emocional e desafios de lógica. Depois dos testes, os próprios voluntários deveriam estimar a nota que iriam tirar.

O resultado foi que pessoas que se saíam bem realmente eram mais confiantes do que as que iam mal, mas apenas com uma pequena margem de diferença. Em geral, as pessoas que tinham notas baixas achavam que iriam conseguir uma pontuação sempre maior do que a média. Gente que tinha um score de 10 a 15%, por exemplo, disse que sua nota ficaria entre 55 e 65%.

O mais engraçado (ou nem tanto) é que o mesmo padrão se repetia quando as pessoas deviam dar notas para suas próprias piadas. Pessoas sem graça achavam que suas anedotas eram melhores do que elas eram na realidade.

Segundo os especialistas, essa expectativa além da realidade não é uma questão de otimismo. Para eles, como as pessoas não têm nenhuma noção sobre as respostas certas do teste ou do que faz uma piada ser realmente engraçada, elas não conseguem prever se foram bem ou não. Ou seja: a ignorância pode cegá-las.

fonte: http://juntopelaeducacao.blogspot.com.br

As 10 regras que utiliza um profissional incompetente

As 10 regras que utiliza um profissional incompetente

 

Vou compartilhar com vocês as melhores regras que conseguem posicionar a ignorância nos limites que ninguém poderia imaginar. Tenho certeza de que vocês poderão reconhecê-las em alguma pessoa bem próxima que se apresenta como um completo profissional, apesar de que na realidade não deixe de ser um amador desqualificado. Estas são, no meu ponto de vista, as mais importantes:

1. “Culpar aos demais”: aconteça o que acontecer, sempre vai existir uma outra pessoa para colocar a culpa de todos os problemas, por maior ou menor que seja a sua responsabilidade. A gíria utilizada pelos inúteis dá a esta regra o nome de “ficar na defensiva” ou chegar a mencionar algo como “foi o meu cachorro que comeu os deveres“.

2. “Apropriar e aproveitar-se das conquistas dos demais”: coisa que resulta fundamental para subir muito, enquanto os que ficam embaixo não param de se queixar da sua incompetência. A gíria dos inúteis neste caso, o denomina de: “fazer bonito com o chapéu alheio”.

3. “Dizer que não fez nada”: apesar de o terem filmado cometendo o pior crime do mundo, o nega até o fim. Sempre pode ficar a ideia que foi um complô, preparado pelo seu inimigo número querendo colocar em questão o seu completo espírito de honestidade.

4. “Não dar a cara a tapa e evitar explicações”: nunca tenta se defender se fez algo errado. O acusarão de coisas que nunca houvesse imaginado. Melhor evitar explicar-se e mencionar um simples: “Não fiz nada, estão todos contra a minha honestidade e boa-fé”.

5. “Buscar testemunhas falsas para apoiar a calúnia”: sempre tem um amigo desligado, destes que fazem qualquer coisa para estar do seu lado e estarão dispostos a declarar qualquer coisa para consolidar a bobagem. É importante ter alguns à mão.

6. “Colocar os demais para falar no seu lugar”: se não há outro remédio, e não dá para usar a regra 4, é muito melhor que outros o façam no seu lugar. Junto com as testemunhas do item anterior, procure agora deixar falar pessoas bem simplonas para deixar todo o mundo entediado.

7. “Deixar um advogado falar no seu lugar”: esgotado o item anterior, melhor escolher um advogado para responder com evasivas e contradições.

8. “Inventar um papel de Santo”: se finalmente toca dizer algo, é importante ter inventado uma história que deixa da mesma altura do Espírito Santo, e que faça todos pensarem que sob nenhuma circunstância faríamos tais atos.

9. “Jogar pedras no telhado do outro”, alguém quer nos encurralar? Por mais santo que seja, terá algum defeito. Procurar esse lado escuro e bater com força até não ficar qualquer dúvida que ele é pior que o Demônio.

10. “Inventar um complô”: quando alguém conseguiu encurralá-lo , e mesmo assim não foi possível derrubá-lo, não resta outro remédio que maquinar um complô, através de uma cortina de fumaça. As histórias mais utilizadas são as que incluem violação ou abuso relacionado a uma mulher, porque sempre consegue juntar muitos louros sem sentido.

Tenham cuidado, porque ultimamente, parece ser que os ignorantes têm muito sucesso.

fonte: http://br.blog.zyncro.com

terça-feira, 20 de maio de 2014

Prevenção da Aids: uma abordagem com os professores

Prevenção da Aids: uma abordagem com os professores


Aula de Educação Sexual no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco. 

Professores formadores e coordenadores pedagógicos, hoje eu gostaria de falar mais diretamente com vocês.

Há mais de 30 anos o mundo trava uma batalha contra a Aids. Esses esforços têm envolvido uma série de investimentos, que vão das pesquisas laboratoriais para o desenvolvimento de novos medicamentos e exames diagnósticos mais rápidos e eficientes ao trabalho de prevenção por meio de campanhas na mídia e da atuação dos professores em sala de aula.
O fator principal para trabalhar a prevenção da Aids na escola é a tomada de consciência de que esse não é um problema apenas dos mais jovens.
De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids, produzido pelo Ministério da Saúde, de 2003 a 2012 as maiores taxas de diagnósticos da doença foram observadas em pessoas de 30 a 49 anos. Além disso, foi registrada também uma tendência de aumento nas taxas de detecção da doença entre jovens de 15 a 24 anos e adultos com 50 anos ou mais.
A leitura fria e objetiva dos números deixa claro que o HIV não tem nenhum tipo de preconceito. Ele infecta a todos independentemente de estado civil, sexo, idade, etnia ou condição social. Basta ter relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada para se contaminar.
E como será que nós, adultos, estamos lidando com esse fato? Estamos sendo bons exemplos para nossos alunos? O que é preciso saber para fazer um trabalho efetivo de prevenção na escola? É isso o que você confere a seguir.

Como estruturar o trabalho de formação?
Na minha experiência como formadora de educadores, desenvolvi um roteiro de capacitação que tem ajudado os professores a desenvolver seus trabalhos de prevenção da Aids nas escolas.

1a etapa: Ampliar os conhecimentos sobre a doença
É importante que todos os professores tenham clareza sobre algumas informações básicas sobre a doença: o que é Aids, como ela se processa no corpo, qual seu agente causador, os meios de transmissão e as formas de prevenção.

Você pode acessar os posts sobre Aids já publicados aqui no blog para esclarecer algumas dessas questões com o grupo de professores durante as reuniões de formação. Confira aqui alguns deles:


Outra boa fonte de consulta é o portal do Ministério da Saúde totalmente voltado para o tema. www.aids.gov.br

2a etapa: Vamos falar de sexo
A relação sexual é a principal forma de transmissão da Aids. Então, debater questões relativas à sexualidade é fundamental para identificar situações de risco de contaminação a que os alunos possam ser submetidos. Para isso, é importante entender o que é sexualidade e como ela se desenvolve nas crianças e adolescente. Para uma abordagem inicial dessas questões, você pode utilizar alguns vídeos do Instituto Kaplan em que eu abordo diferentes aspectos da sexualidade para propor uma discussão com o grupo.

3a etapa: Conhecer as políticas de prevenção
Agora, junte seu conhecimento sobre Aids, sexo e sexualidade na adolescência, e conheça as políticas de prevenção desenvolvidas pelo Ministério da Saúde: os fatores de risco e proteção que são adotados, o conceito de vulnerabilidade, os serviços disponíveis e as principais formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da Aids no Brasil. Muitas dessas informações estão disponíveis no portal aids.gov.br

4a etapa: Definição dos conteúdos
Baseado no conhecimento que você adquiriu sobre o tema e na realidade dos alunos, faça um levantamento coletivo e uma leitura crítica sobre os conteúdos que podem ser utilizados de forma interdisciplinar nas conversas com os alunos sobre prevenção. Nesse momento, é importante atentar para as diferenças cognitivas de cada faixa etária e encontrar a abordagem mais adequada a cada uma delas. Minhas sugestões de leitura para esse momento são: o PCN de Orientação Sexual, o Guia de Orientação Sexual – Diretrizes e Metodologia e o Projeto Quebra Tabu, do Instituto Kaplan

5a etapa: Planejamento das abordagens
Definidos os conteúdos, o próximo passo é aprender sobre metodologia participativa, pensar em abordagens e selecionar materiais apropriados para tratar os temas com seus alunos. Aqui no próprio blog você pode encontrar algumas sugestões de dinâmicas e jogos.

6a etapa: Avaliação
Esse é o momento de monitorar e avaliar se o trabalho está mobilizando os alunos e produzindo o resultado esperado.
Para esta aprendizagem e reflexão sobre a importância da avaliação do  trabalho de prevenção da Aids, indico um excelente artigo de Ricardo Ayres, professor de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), voltado especificamente para essa questão (baixe o artigo aqui).

Em tempo
Se você se interessou por essa perspectiva de trabalho e gostaria de ter uma formação mais aprofundada nas questões que tratei neste post, fica aqui meu convite para o curso Quebra Tabu que acontecerá em agosto no Instituto Kaplan (mais informações aqui).

fonte: Revista Nova Escola