sábado, 14 de dezembro de 2013

9 ferramentas gratuitas para você aprender a programar

Por Iana Chan
Se você vivesse na Idade Média e um monge copista oferecesse a privilegiada oportunidade de aprender a ler e a escrever – sem, digamos, ter que se abdicar de sua vida mundana-, você aceitaria? Pense nas bibliotecas enclausuradas nas abadias e em todo conhecimento que estaria ao seu alcance. Se você é um leitor que se preze, sua resposta com certeza seria sim, certo? Pois então aceite nosso conselho e vá aprender a programar!
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Nossa vida é movida pelo códigos e algoritmos. Dominá-los é uma habilidade para quem quer entender esse mundo e criar coisas novas. Exatamente o que a capacidade de ler e escrever permitiu, muito tempo atrás. “Se você não souber programar, você será como uma das pessoas iletradas da Idade Média que foram educadas a pensar pelos padres letrados”, diz Tim O’Reilly, entusiasta do software livre no site Code.org.
Programar é basicamente “conversar” com computadores para que eles cumpram tarefas por nós. Mesmo que você não trabalhe diretamente com isso, programar desenvolve nosso raciocínio lógico e nossa capacidade de resolver problemas. Fora que, mais dia, menos dia, saber como funcionam as tecnologias presentes no nosso cotidiano será fundamental.
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(via)
“Aprender a programar não é só importante para o seu futuro. É importante para o futuro do país. Não compre um videogame apenas, faça um. Não fique apenas jogando no celular, aprenda como programá-lo!”. Foi com essas palavras que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou a campanha “Hour of Code” (Hora de Código), na tradicional Semana do Ensino da Ciência da Programação, que vai até o dia 15 de dezembro.
A ideia é incentivar estudantes americanos a escrever suas primeiras linhas de código e acumular 10 milhões de horas estudadas em todo o país. O site da campanha reúne vários tutoriais que desmistificam a ideia de que programar é para poucas mentes privilegiadas.
Aprender a programar é muito semelhante a estudar um novo idioma. O primeiro passo, aliás, é escolher uma linguagem de programação, que possui uma sintaxe e estrutura própria. Para nossa sorte, não dependemos da boa vontade de monges copistas, mas de nerds e hackers – e eles costumam ser bem generosos em compartilhar seu conhecimento. Veja plataformas intuitivas e interativas perfeitas para aqueles que querem dar os primeiros passos no mundo da programação:

É a plataforma da campanha da Semana do Ensino da Ciência da Programação deste ano. Nela, estão disponíveis vários tutoriais para todos gostos e idades, alguns, inclusibe, em português. Como os puzzles com Angry Birds.
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Há tutoriais para aprender a programar até mesmo sem computadores, usando papel e caneta para escrever um algoritmo capaz de cumprir determinada tarefa. Em vez do computador, quem lê o código e executa são… humanos.
A Khan Academy também entrou na jogada e lançou um tutorial para aprender a programar um cartão de boas festas em Javascript, uma das linguagens mais famosas e usadas nas páginas da internet. Dá uma olhada (em inglês).
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É a maior e mais plataforma para aprender a programar. Possui diferentes cursos gratuitos para diversas linguagens ( Python, PHP, JavaScript, e Ruby), e também tem um curso chamado Web Fundamentals, que ensina a construir sites com HTML e CSS. Os cursos são bem-humorados, interativos e gamificados (você ganha badges e acompanha sua evolução). Dá para começar a escrever suas primeiras linhas de código rapidinho.
Para a campanha Hour of Code, o Codeacademy também lançou seu primeiro app para ensinar a programar. Por enquanto, está apenas disponível para iPhone.

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É uma linguagem criada pelo Media Lab, laboratório de inovação o MIT, que permite a criação intuitiva de animações, jogos e histórias interativas. Desde 2007, crianças a partir de 5 anos já podem usar o Scratch, que é muito visual: os comandos são bloquinhos que se encaixam e formam o algoritmo.
“As crianças estava conseguindo se expressar, expressar suas ideias por meio de novas tecnologias. Elas estão se tornando fluentes”, disse o criador do Scratch, Mitch Resnick,em uma palestra no TED Beacon Street. No site, que é também uma grande comunidade social, você pode disponibilizar seu projeto e ver o trabalho dos outros – você vai encontrar animações e joguinhos adoráveis feito por crianças.

prog-blog
Blockly é um editor visual de programação, o que facilita (muito) o aprendizado, e tem uma série de tutoriais em português. Não é preciso escrever nada, apenas arrastar os blocos de comando. O quebra-cabeça é um bom começo para aprender a decompor um problema em etapas e ordená-las logicamente. Nele, você tem que comandar um bonequinho a chegar ao seu destino, dando coordenadas em forma de algoritmo.

5. Moocs (Massive Open Online Course)
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Os famosos cursos on-line gratuitos para grandes públicos também oferecem aulas na área da Ciência da Computação. Normalmente, estruturados em módulos compostor por videoaulas, quizzes e leitura complementar, exigem mais dedicação para serem completados. A cada semana, novos módulos são lançados e, no final, geralmente há uma prova. Fique atento, pois o conteúdo só fica disponível no período em que o curso é dado. Veja os cursos nas principais plataformas:

EDX

COURSERA
UDACITY

6. CC50
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Quando tinha 17 anos, Gabriel Lima Guimarães fez um curso introdutório de Ciência da Computação em Harvard (o chamado CC50 – disponível na plataforma EDx, indicada acima) e gostou muito. Tanto que decidiu transmiti-lo para outros brasileiros interessados em aprender a programar.
Ele traduziu o material, gravou as aulas em vídeo e disponibilizou tudo gratuitamente no site, com exercícios e tudo mais. O curso não tem nenhum pré-requisito e começa bem do básico! Não tem as aplicações interativas, mas é inteiro em português.

try-ruby
Ruby é considerada uma linguagem fácil de aprender, pois não exige conhecimentos teóricos profundos sobre o funcionamento dos computadores. Além disso, é usada em Ruby in rails, uma das ferramentas mais usadas para fazer aplicações na internet. Nesta plataforma totalmente interativa (e com gráficos fofolentos), você é levado a entender os conceitos principais com exercícios práticos e simples.

code_school
Apesar de ser uma plataforma paga, possui diversos módulos gratuitos. Os cursos são compostos por videoaulas e exercícios interativos. Na área gratuita, você pode aprender HTML/CSS, Ruby, Javascript e até como desenvolver aplicativos para o sistema IOS (do Iphone e Ipad)
9. Tuts+
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A área gratuita do Tuts+ tem diversos cursos, incluindo programação e design. São aulas curtas em vídeo, sem exercícios. Um dos destaques são os módulos “30 dias”, em que eles prometem ensinar a construir sites com HTML e CSS  ou aprender Jquery - biblioteca usada no WordPress, por exemplo- em um mês. Bom para quem tem mania de começar e não terminar as coisas.

fonte: Revista SuperInteressante

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Gentileza gera gentileza!



Sensacional este vídeo abaixo.

Gentileza gera gentileza!!! Just think about it!!!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Professor do ensino médio terá bolsa para melhorar desempenho

Professores do ensino médio da rede pública receberão uma bolsa do Ministério da Educação para participar de curso de aprimoramento.
A medida faz parte de uma série de ações em estudo pela pasta, em parceria com o Consed (conselho de secretários estaduais de educação), para melhorar a qualidade dessa etapa da educação.
O objetivo é corrigir eventuais deficiências da graduação do docente, com foco nos métodos usados em sala de aula e no novo currículo escolar, multidisciplinar, a exemplo da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A bolsa pode ter início ainda no segundo semestre, mas ainda não há orçamento definido. A medida segue projeto já adotado pelo MEC para os professores alfabetizadores.
Esses docentes vêm recebendo desde 2012 auxílio de R$ 200 para participar de curso de formação de dois anos.
"Vamos trabalhar em princípio com todas as matérias, mas nosso maior desafio hoje é matemática, física e química. É onde não temos professores formados nessas áreas e onde estão as maiores deficiências", afirmou o ministro Aloizio Mercadante.
LARGA ESCALA
Priscila Cruz, diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, elogia a iniciativa, mas pondera que o universo de professores pode, na prática, dificultar bons resultados.
Pelos dados oficiais, o país tinha no ano passado 418.665 docentes do ensino médio na rede pública (um pode aparecer mais de uma vez caso atue em mais de um Estado).
"É uma formação em larguíssima escala, no Brasil inteiro, e o desafio está mais na implementação do que na concepção. Quem é que vai ser o formador desse professor? Temos profissionais suficientes com conhecimento específico, por exemplo, sobre didática [para aulas] de matemática?"
As ações para a reformulação do ensino médio devem ser apresentadas pelo MEC na próxima semana.
Na visão do Consed, o curso de aprimoramento deve respeitar as diferenças regionais dos professores.
"Dificilmente será possível estabelecer um curso de formação único. Os conteúdos deverão ser diversificados para cada tipo de professor", diz Eduardo Deschamps, secretário de Educação de SC.
Para o conselho, existe uma "necessidade urgente" de rever o conteúdo da graduação desses professores, apontado como muito teórico e "dissociado do cotidiano da escola"
 
fonte: Folha de SP

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Confira 5 dicas para utilizar em sala de aula recursos disponíveis online

Professores podem se apropriar de ferramentas digitais para tornar o ensino mais dinâmico e atraente.

play_41Ultimamente temos acompanhado diversas iniciativas no Brasil e no mundo no sentido de disseminar conhecimento e otimizar o ensino com a utilização das TIC’s (Tecnologias da Informação e da Comunicação) na educação.
No ensino superior, universidades como Harvard e MIT têm disponibilizado suas aulas em plataformas online e, no Brasil, A USP (Universidade de São Paulo) também está acompanhando a tendência.   A maior universidade do país lançou recentemente o portal e-Aulas, com cerca de 900 vídeos disponíveis online gratuitamente, e também a IPTV USP, que conta com cinco canais de TV online funcionando de forma simultânea.

Com relação ao ensino básico, as novidades relacionando tecnologia e educação também não param de aparecer. No Brasil, a Fundação Lemann disponibiliza as aulas da Khan Academy legendadas em português e há também iniciativas como o portal QMágico, que disponibiliza vídeos didáticos sobre diversas matérias para alunos de ensino médio e fundamental gratuitamente, além de contar com um serviço cobrado para escolas.

Além de utilizar os vídeos e aulas dessas iniciativas, os professores também têm a opção de se apropriar de outras ferramentas disponíveis na web para desenvolver seus próprios conteúdos com os alunos. Selecionamos abaixo 5 dicas que podem tornar o tempo em sala de aula mais dinâmico e atraente:

1.Incentivando a colaboração mútua e a socialização dos alunos
Serviços de vídeo conferência como o Skype podem ser utilizados para conectar seus alunos com outros estudantes do Brasil e do mundo, possibilitando que eles conheçam outras culturas e compartilhem conhecimento. O próprio Skype disponibiliza plataformas que permitem esse tipo de interação. Uma delas é o Skype em sala de aula, com a qual alunos e professores têm a oportunidade de conhecer e criar novas experiências de aprendizado participando de projetos e conectando-se com outras pessoas.

2.Passeios virtuais
Diversos museus do Brasil e ao redor do mundo tem digitalizado e disponibilizado seus acervos online. Proponha a turma um passeio virtual por lugares como o Museu Virtual de Brasília, o Museu Virtual de Ouro Preto, o Van Gogh Museum ou ainda o American Museum of Natural History, entre outros.

3.Cinema online
O YouTube disponibiliza diversos filmes do cinema nacional e internacional na íntegra. Um bem interessante é o longa “La Educación Prohibida” (cuja a crítica pode ser conferida aqui no cmais+).  Outra opção para assistir filmes online é o Vimeo, site que também propõe o compartilhamento de vídeos online.

4.Para ilustrar o conteúdo
Alguns alunos aprendem melhor quando podem visualizar o conteúdo. Sendo assim, os professores têm a opção de utilizar, além do PowerPoint, o Prezi. Essa ferramenta permite a elaboração de apresentações dinâmicas e possui um layout que transmite uma sensação de atualidade e movimento, além de ficar disponível online e o aluno ter a vantagem de poder acessar seu conteúdo a qualquer momento.

5.Utilizando as redes sociais
Utilizar as redes sociais pode ser uma boa opção para despertar o interesse dos alunos e aproximá-los da comunidade escolar. No Facebook, os professores têm a opção de criar uma página da escola ou da disciplina que ministram e atualizá-la com frequência sobre os temas abordados em sala de aula, podendo inclusive postar imagens da turma e de trabalhos produzidos pelos estudantes.  O Twitter por sua vez, pode servir para indicar aos alunos conteúdos complementares, como artigos e vídeos relacionados à matéria. Em ambas as ferramentas, o ideal é que o professor incentive a participação e o envolvimento dos estudantes.

O cmais+ é o portal de conteúdo da Cultura e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura, TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.

50 razões para usar o Facebook em sua sala de aula

No início, o Facebook era uma rede social exclusivamente para estudantes universitários. Mas, com o crescimento da sua popularidade, ele acabou sendo adotado por todos, desde estudantes de graduação até as vovós. Porém, não foi somente a popularidade que cresceu, a sua utilidade aumentou também. Os educadores estão começando a perceber o potencial que o Facebook tem dentro da sala de aula, não somente como uma distração, mas como uma ferramenta de aprendizagem colaborativa.

Enquanto algumas escolas e professores podem ser cautelosos em introduzir tal plataforma de entretenimento em sua sala de aula, outros educadores já exergaram grandes benefícios no uso de mídias sociais. Na verdade, a professora Elizabeth Delmatoff, em Portland, nos Estados Unidos, viu um aumento de 50% nas notas após a implementação de um programa de mídia social em sua sala de aula. Como o Facebook pode beneficiar a sua classe? Descubra 50 maneiras:

Diversão
Trazer o Facebook para a sala de aula é divertido. Quase todos os alunos já estão familiarizados com a rede social, e a maioria deles está animado para ser capaz de usar o site como uma forma de aprendizagem colaborativa.
É grátis
Escolas pagam milhares de dólares para sistemas de colaboraçãoarmazenamento digital, e decomunicação, mas o Facebook faz todas essas coisas, e o melhor: de graça.
Atenção dos alunos
Muitos professores estão familiarizados com sistemas comunitários na sala de aula, mas os alunos normalmente só entram quando necessário. Usar o Facebook na sala de aula vai fazer com que os alunos prestem mais atenção, assim eles não vão precisar verificar a rede social várias vezes por dia.
Compartilhamento de calendários e eventos
Calendários e eventos são super fáceis de compartilhar na plataforma. O professor pode lembrar os alunosde datas e eventos importantes direitamente pelo Facebook.
Habilidades do século 21
Um estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, descobriu que os sites de redes sociais como Facebook ajudam os alunos a praticar as habilidades que eles precisam para ter sucesso no século 21.
Compartilhamento além da sala de aula
Facebook e outras ferramentas de mídia social abrem a possibilidade para que os alunos compartilhem o que aprenderam não apenas com seus colegas, mas com todo o mundo.
Recursos online convenientes
O Facebook, assim como as outras mídias sociais, é um recursos online muito conveniente. Postar links no grupo da sala de aula facilita a visualização dos estudantes e, consequentemente, o compartilhamento.
Uso produtivo
A maioria dos estudantes usa o Facebook para conversar com amigos ou passar o tempo na internet, mas usá-lo em sala de aula vai ensinar os alunos a usar a ferramenta de forma produtiva.
Ajuda aos alunos ausentes
Os estudantes que faltaram na aula podem ficar atualizados e pegar a matéria com a turma por meio do grupo da sala no Facebook.
Fórum de discussão
Os alunos que participam de atividades extracurriculares podem usar Facebook para manter contato por meio de um fórum de dicussão, deixando todos os estudantes atualizados.
Programação de atividades de aprendizagem
Registre no grupo do Facebook uma atividade diferente por dia, para utilizar como um ponto de aprendizagem, para serem apreciadas em conjunto e citadas em aula.
Estímulo da colaboração
Facebook estimula a colaboração, uma vez que todos os participantes podem falar e trabalhar juntos na rede. O que impossibilita a falta de participação em sala.
Discussão do uso adequado
Para o sucesso das mídias sociais em sala de aula, é preciso definir e discutir com alunos as formas mais adequadas para utilizar o Facebook.
Laço social
Professores e alunos podem se beneficiar do laço social criado pela interação no Facebook.
Acesso aos trabalhos extras
Os professores podem postar atribuições ou trabalhos extras apenas para os estudantes que estão necessitando, sem que haja uma maior exposição de alunos.
Material de revisão
Depois de definir as matérias da prova, você pode facilmente selecionar links, fotos, anotações e outros recursos que são essenciais para a revisão. O que é útil tanto para os professores quanto para os estudantes.
Desenvolvimento profissional
O Facebook é uma ótima ferramenta para o desenvolvimento profissional. Os estudantes não são os únicos que podem se beneficiar usando a rede social, professores também podem usá-lo para o desenvolvimento profissional.
Participação ativa
Os estudantes podem participar de palestras e usar o Facebook de forma interativa. Isso irá resultar em uma aprendizagem ativa.
Envolvimento dos familiares
Para envolver os familiares nas atividades acadêmicas, compartilhe menus de almoço, lembretes importantes, atividades, eventos, fechamento e notas especiais através de uma página no Facebook para seus alunos e familiares.
Disponibilização de aulas e notas
Os alunos podem ler as notas e as aulas em qualquer lugar onde haja Internet, logo após a publicação no Facebook.
Horário de aulas
Quer lembrar seus alunos atrasados quais são as aulas do dia? Os estudantes podem receber atualizações no Facebook por texto, permitindo que ele entre em contato antes de chegar atrasado para a sua aula.
Aprendizagem sobre a mídia social em um ambiente seguro
Ao usar o Facebook em sala de aula, você pode ensinar aos alunos sobre o uso seguro dos meios de comunicação social.
Economia de papel
Com o uso do Facebook e das outras mídias sociais, o número de papéis utilizados diminuem, o que consequentemente ajuda o meio ambiente.
Realização de pesquisas
Caso seja necessário pesquisar sobre a genealogia, por exemplo, ou fazer uma enquete informal, os alunos podem usar seus amigos do Facebook para reunir informações e realizar pesquisas.
Lembretes
Essa plataforma é ótima para criar memorandos. Os estudantes podem ser ajudados com lembretes que aparecem no seu feed de notícias do Facebook.
Compartilhamento do progresso
Quer saber como projetos dos seus alunos estão indo? Peça fotos das obras em andamento, e poste no grupo da sala.
Menos distração
Alguns professores descobriram que o uso do Facebook e outros sites de mídia social para a educação significa que os alunos estão menos tentados a usá-las inadequadamente durante a aula, ou seja, menos distração.
Alunos tímidos podem brilhar
Os alunos tímidos que de certa forma não conseguem se expressar em sala, podem se sentir mais confortáveis de contribuir por meio do Facebook.
Compartilhamento de recursos com os colegas
O Facebook permite que os professores compartilhem, entre eles, recursos para o ensino, economizando tempo e enriquecendo a experiência dos alunos dentro da sala de aula.
Crianças e pais podem falar sobre as atividades
Quando os pais estão acompanhando o andamento das aulas, eles nunca terão que se perguntar o que aconteceu na escola, assim eles podem construir um diálogo sobre o que foi discutido em sala.
Disseminação da mídia
Professores, alunos e pais podem postar fotosvídeos e perguntas, compartilhando diálogos e recursos no Facebook.
Projetos em grupo
Os alunos podem formar grupos para projetos de aula, compartilhar informações e reunir tudo isso com o envolvimento único nas tarefas.
Mostrar e dizer
Os estudantes não podem ser capazes de trazer o material completo para a sala de aula, mas fotos e vídeos podem ser compartilhados no Facebook.
Debates online
O Facebook permite ampliar a discussão em sala de aula, onde os alunos podem passar mais tempo na aprendizagem ativa e nos debates.
Interação com o corpo docente
Facebook quebra as barreiras, tornando os professores socialmente mais disponíveis para os alunos, o que torna o relacionamento mais fácil entre eles.
Contribuição extra de usuários
Os professores podem facilmente convidar especialistas para dialogar nas páginas do Facebook, o que provoca um novo nível de discussão e envolvimento.
Importância da criação de conteúdo
Em vez de simplesmente consumir conteúdo publicado, no Facebook os alunos podem criar, postar discussões, e utilizar os recursos.
Aprender os nomes e rostos
Com as constantes atualizações e a forte interação, os docentes podem usar o Facebook para melhorar a memória, e associar nomes e rostos da sala de aula.
Interação ao redor do mundo
Muitos professores usam o Facebook para o ensino de línguas estrangeiras, em parceria com estudantes que já falam idiomas diferentes.
Ajudar novos alunos
O Facebook é uma grande ferramenta para ajudar os estudantes a se integrar na vida social e acadêmica de uma nova escola, independentemente de escola ou faculdade.
Pesquisa com alunos
Faça perguntas no Facebook para obter respostas rápidas dos seus alunos. Os professores podem fazer isso usando ferramentas de votação no próprio site.
Feedback instantâneo
Descubra rapidamente, e de forma super simples, o que os alunos pensam de uma aula ou ideia de atividade.
Conexão em qualquer lugar
Mesmo se não puderem ver as informações na aula, o aluno pode verificar em casa ou usar o Facebook em seus dispositivos móveis para se manter atualizado em todos os momentos.
Compreensão dos interesses dos alunos
Quando os alunos fazem os seus dados de perfil disponíveis, os professores podem saber mais sobre ele, principais interesses, autores favoritos entre outras informações, permitindo a sugestão de tópicos e vídeos de seu interesse.
Aplicativos de aprendizagem
No Facebook você pode encontrar toneladas de aplicativos para a aprendizagem em sala de aula, incluindo as fórmulas matemáticas, aplicações de apresentação de slides, notas de aula entre outros.
Relacionamento
Os estudantes podem pedir cartas de recomendação, conselho de outras classes, entre outras informações por causa da comunicação informal do Facebook.
Estabelecimento na rede social
Usar o Facebook em sala vai permitir que os estudantes comecem a ver isso como uma ferramenta profissional, e consequentemente permite o estabelecimento nas redes sociais.
Aprendizagem colaborativa
Transformar o elemento social do Facebook em aprendizagem colaborativa ajuda a incentivar a prática e melhorar o envolvimento dos alunos.
Redes acadêmicas e profissionais
Ao usar o Facebook, os alunos serão capazes de descobrir as oportunidades disponíveis de networking em uma carreira específica.
Retorno
O Facebook permite que os professores fiquem longas jornadas em um escritório virtual, com lançamentos e respostas disponíveis independentemente do horário.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Entrevista: games como recursos para a aprendizagem

Uma das páginas do Livro e Game, com o jogo Memórias de um Sargento de Milícias
Celso Santiago é uma das cabeças do projeto “Livro e Game”, que transforma obras clássicas da literatura brasileira em jogos eletrônicos. Ele trabalha com o potencial educativo dos games desde os anos 1990, quando acompanhou a implantação de um projeto na área nas escolas da rede municipal de Londrina, no Paraná. E aposta nesta ferramenta como um recurso de apoio ao aprendizado. Nesta entrevista, fala sobre o potencial dessa ferramenta e as maneiras mais indicadas de introduzi-la em classe, entre outros temas.

1. Qual o potencial dos games para o aprendizado?
Jogos desse tipo funcionam como um apoio à ação educativa. Com base neles, é possível introduzir vários temas vinculados aos conteúdos escolares. Graças à pensadores como  Lev Vygotsky (1896-1934) Paulo Freire (1921-1997), sabemos que a cultura é um componente imprescindível ao processo de aprendizagem. Isso explica o potencial dos games.

2. Quais as vantagens das adaptações do projeto “Livro e Game”?
Ele une entretenimento e cultura. Seu ambiente oferece ao internauta a atmosfera própria de cada obra adaptada, criada com base nas nossas leituras dessas obras e da pesquisa de referências que fizemos para criar toda a ambiência que as narrativas pediam. Os jogos são divertidos e apresentam informações e curiosidades que entretém o internauta. Ao mesmo tempo, estimulam o jogador a descobrir mais, a partir para a leitura das obras clássicas que os originaram.

3. Como o professor deve fazer a mediação dos jogos do projeto?
Essa mediação deve considerar vários aspectos. O primeiro é o aluno e o seu entorno. Devemos levar em conta o que os jovens já sabem e os saberes presentes na comunidade onde vivem. Assim, fica possível estabelecer relações entre as situações vividas por eles e as apresentadas na narrativa da obra literária. Outro ponto é estimular a curiosidade do grupo, levá-lo investigar sobre o tema e compartilhar as descobertas.

4. Há previsão de lançar outros jogos este ano?
Sim. Temos os projetos de dois jogos prontos: Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (1881-1922) e Noites da Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Esperamos que até o fim do ano eles estejam disponíveis na internet.

fonte: revista nova escola

Incentivos para usar Libras, a língua brasileira de sinais

ProDeaf | Libras
Quem quer se comunicar na Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem mais um aliado: o aplicativo ProDeaf. Desenvolvido por uma startup pernambucana que leva o nome do projeto, por enquanto ele está disponível para celulares e tablets que possuem o sistema Android. Para baixar, vá até a Google Play ou ao site prodeaf.net/download.

O aplicativo tem um dicionário e, ao escolher uma palavra, um simpático avatar interpreta as informações em libras. É possível digitar ou falar usando o sistema de reconhecimento de voz para indicar o que quer traduzir. Já há quase 4 mil sinais no banco de dados e a ferramenta é uma ótima parceira para facilitar a comunicação com as pessoas surdas.

Também em Pernambuco, está sendo criado um jogo para contribuir com a popularização desta língua. O Luz, Câmera, Libras já recebeu vários prêmios em eventos de tecnologia e está em fase final de testes. Se quiser conhecê-lo desde já ou contribuir com sugestões de melhoria, pode baixar na AppStore.

A brincadeira funciona como os viciantes Song Pop e Draw Something. Para aprender, você vê um vídeo do sinal e o repete para seu opositor no jogo, que precisa adivinhar qual a palavra. Quem acerta ganha ponto. Vamos treinar?

fonte: revista nova escola

Afinal, para que serve um tablet?




Esta semana, a consultoria IDC divulgou uma pesquisa com dados animadores sobre o consumo de tablets no Brasil. Em 2012, foram vendidos 3,2 milhões de tablets – praticamente o triplo do que foi vendido em 2011. Do total, mais de 80% são para uso doméstico e 77% usam o sistema Android. Um dos fatores que impulsionou as compras, segundo a consultoria, foi o preço: uma boa gama de tablets com preço médio de R$500 surgiu no mercado brasileiro. E a expectativa para 2013 é de que sejam vendidos quase 6 milhões de aparelhos.

Mas, afinal, para que serve um tablet? Quais as vantagens de se ter um aparelho como esse? Aí vai a nossa lista de pontos importantes para você avaliar o investimento:
  1. Mobilidade: um tablet é menor e mais leve que um computador. Você pode levá-lo a qualquer lugar em uma mochila pequena, ou até mesmo na bolsa.
  2. Conectividade: com um pacote 3G ou uma rede wi-fi é simples permanecer conectado a todo momento.
  3. Armazenamento de informações: para você, professor, que estuda muito, nada melhor do que guardar muitas informações (livros, textos, materiais de planejamento etc.) em pouco espaço. Economiza papel e ainda tem tudo à mão.
  4. Leitura de revistas, livros, arquivos: tudo fica em um só lugar e as grandes editoras já tem produzido materiais específicos para o tablet (nós, aqui em Nova Escola, acabamos de lançar nossa primeira edição, que você baixa gratuitamente no site do IBA, a loja virtual da Abril. Aqui: https://www.iba.com.br/revista-digital/Nova-Escola-Mar%C3%A7o-2013-260-bc6e8c5cffc7c6cfcbc8e530462067b1)
  5. Acesso rápido a e-mails, redes sociais e afins.
  6. Uma lista infindável de aplicativos para todos os gostos e funções (que ajudam nos momentos de estudo, que servem para organizar as finanças, para ler, escrever, desenhar, divertir-se, comprar etc.)
  7. Nova forma de ler: a experiência de leitura em um tablet é completamente diferente da leitura de um impresso ou da leitura no computador. Além de ter acesso a links (como no hipertexto, típico da internet), você pode assistir a vídeos, visualizar outros tipos de conteúdos multimídia – como jogos, galerias de fotos ou testes –, e interferir no texto (salvando uma página, fotografando, sublinhando conteúdos importantes etc.).
  8. Lazer, claro! Há games e mais games irresistíveis para o tablet.
E você? Já tem um? Que usos faz do seu aparelho?

fonte: revista nova escola

Usar a internet, sim, mas com moderação


Crédito: Imagem do site do Instituto de Psiquiatria

Você adia tarefas para ficar um pouco mais na internet? Se pega pensando que a vida sem internet seria chata? Dorme tarde demais porque quer ficar conectado? Se sente deprimido quando está off-line? Cuidado, esses podem ser sintomas de que você está viciado no mundo virtual.

O Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), tem uma área especializada na dependência da internet. No site dependenciadeinternet.com.br, você pode entender mais sobre o problema e acessar artigos que explicam este transtorno. Vale, também, fazer o teste “Você é um dependente de internet?” para detectar se você é viciado ou não.

A internet é uma ferramenta importante para estudar, trabalhar e conviver, mas o uso exagerado de e-mails, salas de bate-papo, jogos, compras e até de sites com conteúdos específicos pode ser problemático. Se você tem alunos adolescentes, é importante fazer esta reflexão com eles também. E, claro, se alguém perceber que tem problemas deve procurar ajuda. O ambulatório da USP tem grupos de apoio para jovens e para pais que lidam com este problema em casa. Fique de olho!

fonte: revista nova escola

terça-feira, 14 de maio de 2013

Quem quiser ser professor terá bolsa-auxílio desde o ensino médio, diz ministro


Aloizio Mercadante afirmou em fórum que MEC vai lançar programa para dar "tratamento diferenciado" ao estudante que seguir magistério. Valor da bolsa poderá ser de R$ 400.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, adiantou na noite desta terça-feira (14) mais detalhes de um programa que o governo federal deve lançar nas próximas semanas para ajudar estudantes que quiserem seguir carreira de professor ou serem cientistas no Brasil. Em discurso na abertura do 14º Fórum dos Dirigentes Municipais de Educação, que acontece entre os dias 14 e 17 de abril, em Mata de São João, na Bahia, Mercadante afirmou que estudantes que mostrarem interesse em fazer o magistério nas áreas de matemática, química, física e biologia vão receber “uma bolsa” já no início do ensino médio.


O ministro durante discurso no 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação


“Agora um dos programas que vamos lançar: Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor. Se ele (estudante) quiser ser professor ou se ele quiser fazer ciência nas áreas de matemática, química, física e biologia, nós vamos começar a dar bolsa de estudo desde o primeiro ano do ensino médio. Quer ser professor? Vai ter tratamento diferenciado. Quer ser cientista? Vai ter tratamento diferenciado”, disse.

O ministro não especificou qual será o valor da bolsa nem quais serão os critérios de seleção, mas disse que o recurso virá do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PiBid), que dá R$ 400 para estudantes de licenciatura. A assessoria de imprensa do MEC não confirmou, no entanto, se o valor será o mesmo.

“Nós vamos pegar a bolsa do PiBid. Tínhamos 45 mil e estamos indo para 75 mil. Vamos pegar uma parte dessas bolasas nessas áreas porque as matrículas não estão aumentando. Engenharia passou direito, mas matemática, química, física e biologia continuam abaixo. Vamos pegar o jovem no primeiro ano. Por exemplo, aluno da olimpíada da matemática. Eles só recebem bolsa quando entram na universidade. O que nós vamos fazer com ele? Mais matemática. Vamos dar uma bolsa para ele começar a estudar mais matemática e ciências, levando ele para laboratórios, ver cientista dar palestra e motivando para ir para essas área de ciências exatas. Começar a formar esse jovem. Quero Ser Professor, Quero Ser Cientista”, repetiu o que deve ser o nome do programa.

PIB X royalties
Mercadante falou novamente sobre o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Isso porque ele manifestou apoio ao parecer apresentado pelo senador José Pimentel (PT-CE) sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Pimentel altera a redação aprovada na Câmara dos Deputados e registra “investimento público em educação”, não especificando assim que o investimento ocorra apenas na educação pública.

 





14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação

É que governo federal trava batalha contra a inclusão da meta no PNE. A gestão petista aceita disponibilizar até 8% dos recursos do PIB para a área, mas diz que não há verba para aumentar o repasse para 10%. O plano estabelece 10 diretrizes e 20 metas a serem cumpridas pelo Poder Público em dez anos. O ministro procurou relacionar a questão à aprovação da uma nova proposta do governo determinando que todos os royalties do petróleo e recursos do pré-sal sejam aplicados exclusivamente na educação.

Para ele, a proposta é “mais importante” porque a fonte de receita é “real” enquanto que o uso de 10% do PIB depende do orçamento da União. “Mais importante do que simplesmente colocar uma meta do PIB, é vincular os royalties do petróleo que é fonte real de receita. Por isso que é muito mais difícil aprovar. Os parlamentares que colocaram o dedinho para aprovar os 10% do PIB para educação têm que concordar com este repasse. Estamoos vencendo esse debate”, disse.

Questionado se o repasse de verbas dos royalties não resultaria em um montante menor que o repasse de 10% do PIB, o ministro respondeu que os recursos do petróleo vão ajudar a cumprir metas do PNE. “O projeto é 100% dos royalties e concessão para financiar o PNE até que suas metas sejam alcanças. Por isso, a questão dos royalties é uma questão duríssima. É isso que vai assegurar recurso para educação. É mais estratégico e do que vincular o PIB”, justificou.

Fonte: Ig.com.br

Essa deve ser brincadeira, em vez de aumento os futuros professores terão bolsa-auxílio, com certeza agora teremos filas nos cursos de graduação e um aumento considerável na busca para se tornarem professores, pois agora é uma profissão rentável...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

10 dicas e 13 motivos para usar celular na aula

Acesso não é mais o principal desafio, mas sofisticar o uso pedagógico das tecnologias

Apesar de ainda haver alguma resistência aqui ou ali, os governos de todo o mundo estão cada vez mais atentos sobre a necessidade de se colocar as tecnologias móveis, como celulares e tablets, a serviço da educação. Mas como só vontade não garante bons resultados, a Unesco publicou um guia (disponível no link http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002196/219641E.pdf) com 10 recomendações políticas em que tenta ajudar governos a implantarem esses recursos nas salas de aula. E aos que ainda não estão 100% convencidos dos benefícios do uso integrado da tecnologia com os objetivos pedagógicos, o guia, apresentado em Paris na semana passada durante a Mobile Learning Week, traz ainda 13 bons motivos para ter esse aliado na educação. 

  “Cada país está em um nível diferente no uso das tecnologias móveis em sala de aula. Por isso, é importante que cada um use o guia adaptado às suas necessidades locais”, diz Steve Vosloo, coordenador do projeto. O especialista conta que a ideia de lançar essas recomendações surgiu a partir da constatação de que, mesmo considerando o uso das tecnologias em sala de aula algo pedagogicamente importante, muitos governos não sabiam por onde começar. A questão do acesso já havia sido mais ou menos resolvida; o problema agora era dar significado a esse uso. Especialistas da Unesco espalhados pelo mundo começaram a elaborar um guia com orientações que servissem a qualquer governo, independentemente do grau de maturidade que o país estivesse nesse debate.

Até por isso, o documento começa com uma orientação que parece simples: ter políticas que incentivem o uso das tecnologias móveis em sala de aula. Isso pode querer dizer tanto criar políticas da estaca zero ou ainda atualizar políticas que foram criadas no momento em que as tecnologias móveis ainda não eram tão acessíveis. “As diretrizes políticas relacionadas ao aprendizado móvel que forem criadas devem estar em harmonia com as que já existirem no campo das TIC”, afirma a Unesco no documento.

Na sequência, o guia traz à luz a necessidade de se treinar professores e de fazer isso com o uso de tecnologias móveis, para que eles também se apropriem dessas ferramenta na vida deles. “No Brasil, os professores têm certa resistência em incorporar novas tecnologias. A sala de aula ainda é o lugar de desligar o celular”, afirma Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, que avalia que parte disso se deve ao fato de o professor ainda não estar completamente familiarizado com essas ferramentas. “Isso faz com que muitas oportunidades educacionais se percam, especialmente no ensino médio, época em que o aluno já está ligado e nas redes”, completa ela.

Outras recomendações presentes no documento dizem respeito à criação de conteúdo adequado e à promoção do uso seguro e saudável das tecnologias. Com essas orientações, acredita a Unesco, os governos estarão mais próximos de usufruir dos benefícios do aprendizado móvel, entre eles ampliar o alcance e a equidade da educação e facilitar o aprendizado personalizado.

Confira, a seguir, um infográfico com as 10 recomendações e os 13 bons motivos para se usar tecnologias móveis em sala de aula:




 fonte: estadao.com.br

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Educação e Tecnologia: Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem...

Conheça a melhor forma de se relacionar com a turma nas redes sociais e saiba como o Facebook, o Orkut ou o Twitter podem ser aliados do processo de aprendizagem

Você sabe quantos de seus alunos possuem perfis no Orkut, no Facebook ou no Google +? Já experimentou fazer uso dessas redes sociais para disponibilizar materiais de apoio ou promover discussões online?

Cada vez mais cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é uma realidade imutável. Mais do que entreter, as redes podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar no seu trabalho em sala de aula, desde que bem utilizadas. "O contato com os estudantes na internet ajuda o professor a conhecê-los melhor", afirma Betina von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática. "Quando o professor sabe quais são os interesses dos jovens para os quais dá aulas, ele prepara aulas mais focadas e interessantes, que facilitam a aprendizagem", diz.
Se você optou por se relacionar com os alunos nas redes, já deve ter esbarrado em uma questão delicada: qual o limite da interação? O professor deve ou não criar um perfil profissional para se comunicar com os alunos? "Essa separação não existe no mundo real, o professor não deixa de ser professor fora de sala, por isso, não faz sentido ele ter dois perfis (um profissional e outro pessoal)", afirma Betina. "Os alunos querem ver os professores como eles são nas redes sociais".

Mas, é evidente que em uma rede social o professor não pode agir como se estivesse em um grupo de amigos íntimos. "O que não se pode perder de vista é o fato de que, nas redes sociais, o professor está se expondo para o mundo", afirma Maiko Spiess, sociólogo e pesquisador do Grupo de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Ele tem que se dar conta de que está em um espaço público frequentado por seus alunos". Por isso, no mundo virtual, os professores precisam continuar dando bons exemplos e devem se policiar para não comprometerem suas imagens perante os alunos. Os cuidados são de naturezas diversas, desde não cometer erros de ortografia até não colocar fotos comprometedoras nos álbuns. "O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes", destaca Betina von Staa.

A seguir, listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e alguns cuidados a serem tomados:


1. Faça a mediação de grupos de estudo
Convidar os alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes - separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já planejados para cada série.

Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e estudantes, mas lembre-se: você é o mediador das discussões propostas e tem o papel de orientar os alunos.
Todos os participantes do grupo podem fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições que podem ajudar em seus estudos. "A colaboração entre os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento" explica Spiess.

2. Disponibilize conteúdos extras para os alunos
As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. "Os alunos passam muitas horas nas redes sociais, por isso, é mais fácil eles pararem para ver conteúdos compartilhados pelo professor no ambiente virtual", diz Spiess.
Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

3. Promova discussões e compartilhe bons exemplos
Aproveitar o tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.

4. Elabore um calendário de eventos
No Facebook, por meio de ferramentas como "Meu Calendário" e "Eventos", você pode recomendar à sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema. Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avalições. Porém, vale lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que acontecem na escola, em dias letivos.

5. Organize um chat para tirar dúvidas
Com alguns dias de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que ainda não compreenderam.
A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do deslocamento físico. "Assim que o tira dúvidas acaba, os alunos já podem voltar a estudar o conteúdo que estava sendo trabalhado", explica Spiess.

Cuidados a serem tomados nas redes
- Estabeleça previamente as regras do jogo
Nos grupos abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a serem seguidas pelos participantes. Este "código de conduta" geralmente é colocado na descrição dos próprios grupos. "Conforme as interações forem acontecendo, as regras podem ser alteradas", diz Spiess. "Além disso, começam a surgir lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na gestão das comunidades". Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spams.

- Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais
Os conteúdos obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na maioria das redes). "Os alunos que passam muito tempo conectados podem se utilizar desse álibi para convencer seus pais de que estão nas redes sociais porque seu professor pediu", alerta Betina.
A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial.
Com relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.

Fonte: Revista Nova Escola

quinta-feira, 4 de abril de 2013

“É possível educar todas as crianças de escola pública em alto nível”

Diretora de rede nos EUA participa de encontro sobre boas experiências no ensino público em São Paulo e diz: a tecnologia livra os professores de tarefas para dar atenção ao aluno

Uma escola com salas sem paredes como as de empresas de tecnologia e em que os professores não dão aulas consegue preparar todos os seus alunos para entrar e ficar quatro anos na faculdade. Ou melhor, um grupo de quatro escolas chamadas de Summit, na California, Estados Unidos, que cumpre a sua missão a risca: desde 2003, quando a primeira unidade foi criada, 96% de todos os seus estudantes foram selecionados para cursar pelo menos uma graduação.

A diretora executiva da rede de instituições e cofundadodora da primeira Summit, em Redwood, está em São Paulo para participar nesta quinta-feira do Transformar 2013 , um encontro sobre experiências concretas de transformação e sucesso em escolas públicas pelo mundo. Ontem, Tavenner conversou com o iG no hotel Maksud Plaza, onde o evento será realizado das 8h30 às 18h30, e explicou como consegue atingir esse objetivo. Entre as receitas, está o desenvolvimento de um plano de aprendizado personalizado para cada estudante, que é acompanhado diariamente por um tutor em todo o período do ensino médio, e um currículo totalmente conectado com a realidade.
Divulgação
Dianne Tavenner, diretora executiva e cofundadodora das escolas Summit, nos EUA
A melhor notícia é que o modelo é mais fácil de replicar em grande escala do que o tradicional, segundo a educadora. Com a ajuda da tecnologia, os professores são liberados de várias tarefas e podem se dedicar mais aos alunos. Na Califórnia, ela já está fazendo isso na rede de escolas charter (que funcionam com verba do governo e de doações) Summit. Este ano, duas novas unidades serão abertas, e o plano é fazer o mesmo nos próximos 10 anos, até que todos os alunos do Vale do Silício recebam educação de alto nível. Atualmente, 47% terminam o ensino médio sem a base necessária para o ensino superior.

Leia abaixo a entrevista de Diane Tavenner:
 
O que faz uma escola Summit ser especial?
Dianne Tavenner: O mais importante é que nós preparamos todos os nossos alunos para a faculdade e carreira. Isso não é algo que todas as escolas fazem nos Estados Unidos e, possivelmente, aqui também não. Nós acreditamos nisso e levamos a sério esse objetivo. Para isso acontecer, desenvolvemos uma série de ações, mas essa é a nossa missão. E nós já provamos que é é possível educar todas as crianças de escola pública em alto nível. Isso é importante, porque muitas pessoas antes pensavam que fosse impossível. E nós, junto com outros educadores nos Estados Unidos, provamos o contrário.
 
E como vocês fazem isso?
Tavenner: Nós começamos criando um plano de estudo personalizado para cada estudante, de modo que ele define logo que chega à escola um objetivo para sua carreira, que universidade quer fazer, que vida quer ter. A partir disso, nós desenvolvemos um plano personalizado para que ele alcance o objetivo. Depois trabalhamos para que a escola forneça todo o suporte necessário para manter o estudante nesse caminho. Esse é o ponto de partida. O segundo ponto é que todos os estudantes têm um mentor, que permanece o mesmo durante todo o período escolar. Esse mentor ajuda a pensar nos objetivos e reavaliá-los quando for preciso, observa todos os dias se o plano está sendo cumprido e de que forma, conversa com a família, discute dúvidas e ajuda em crises. Em terceiro, vem o jeito que ensinamos, o nosso currículo é muito autêntico e realista. Nós trazemos tecnologia para a escola, as crianças trabalham colaborativamente em projetos nos quais têm que resolver problemas reais, não é nada chato. Dessa forma, as crianças ficam motivadas porque se dão conta de que estão aprendendo coisas que vão ser úteis para ela. Por último, durante dois meses do ano letivo, em janeiro e junho, os estudantes ficam fora da escola e trabalham na comunidade, fazem estágios, têm experiências relacionadas a seus interesses ou paixões, que podem ser fotografia ou jornalismo, por exemplo. Como avaliação desse período, eles têm que desenvolver algo que possam compartilhar ou apresentar. Então, se é algo relacionado à fotografia, fazem uma exposição. Se é teatro, apresentam uma peça. Se fazem um estágio, devem fazer uma apresentação sobre o trabalho realizado. Tudo sempre conectado com a realidade.

Que práticas inovadoras são aplicadas nas escolas Summit?
Tavenner: Nós usamos muita tecnologia. Por exemplo, a tecnologia serve para saber exatamente o que cada aluno sabe e não sabe em todos os momentos. Cada estudante tem o seu mapa pessoal de conhecimento e objetivos. Em vez de promover aulas em que não importa quem sabe, mas que todos ouvem a mesma coisa e tem que participar das mesmas atividades, cada aluno vai aprender o que precisa aprender. Fazemos isso com uma ferramenta que chamamos de playlist – como a dos tocadores de música digital. Nessa lista está tudo o que o aluno precisa aprender e ele vai escolhendo como gostaria de fazer. Quando ele sente que já está pronto para seguir em frente, faz uma avaliação. Se ele realmente já aprendeu, ótimo, vai adiante.

É um erro fazer com que os estudantes deixem a tecnologia do lado de fora da escola. Isso não vai prepará-lo para o mundo.
 Eles podem escolher o jeito, mas não o que precisam aprender, certo?
Tavenner: Eles podem realizar algumas escolhas quando desenvolvem o plano de aprendizado inicial, mas tem coisas que todos precisam saber para chegar a uma universidade. Para chegar a esses conhecimentos, eles escolhem como querem aprender e não precisam passar pelo que já sabem.

A senhora acredita que tecnologia é essencial nas escolas?
Tavenner: A tecnologia proporciona que se desenvolva uma educação melhor, se for usada do jeito certo. Mas mais importante que isso é que faz parte do mundo e da vida. É um erro fazer com que os estudantes deixem a tecnologia do lado de fora da escola. Isso não vai prepará-lo para o mundo.
 
Esse modelo de escola pode ser replicado para grandes redes de ensino, como a do ensino médio brasileiro?
Tavenner: Esse modelo é mais fácil de replicar em grande escala que o tradicional. Tenho convicção sobre isso. No modelo antigo, cada professor tem que fazer o seu próprio planejamento anual, preparar cada aula, corrigir todas as provas. Nesse modelo, construímos uma plataforma que tem tudo isso pronto, que é acessada pelos estudantes diretamente. Agora, os professores apenas ajudam e dão suporte aos alunos. Eles não precisam ter todo o trabalho de preparação, ficam mais focados no que fazem de fato.
 
Ainda existem aulas, como as que eu tive na escola?
Tavenner: Quase nunca. As aulas são em espaços grandes e abertos, em que os alunos se dividem em grupos para desenvolver projetos. Mas não tem mais uma grade de horário que começa com matemática, passa para ciência e depois história. Não é mais assim.
 
E como eles aprendem matemática, por exemplo?
Tavenner: De duas maneiras. Uma é online. Eles aprendem muito online, com suporte de um tutor. A outra forma é fazendo projetos, nos quais aplicam a matemática que estão aprendendo naquele momento. Por exemplo, um projeto poderia ser descobrir como se projeta um prédio em um espaço determinado, usando os conhecimentos de matemática. Claro que o professor participa desse processo, mas ele não vai ficar na frente de uma turma falando e explicando, enquanto os alunos tomam notas.

São necessários mais professores para esse modelo funcionar do que em escolas tradicionais?
Tavenner: Provavelmente o mesmo número.
 
Como são escolhidos e treinados os professores?
Tavenner: Nós selecionamos professores que são apaixonados pelo que fazemos e que acreditam na nossa missão. Mas também investimos muito para desenvolvê-los depois. Eles recebem 40 dias de formação todos os anos. Quando os estudantes estão fora da escola, nos projetos na comunidade, os professores ficam aprendendo e crescendo. É bom para todos.

Vocês têm dificuldades para encontrar bons professores, preparados para aplicar um modelo inovador de educação?

Tavenner: Temos vários candidatos sempre. Eu não acredito em escassez de bons professores. Algumas pessoas nos EUA acreditam nisso, mas eu não concordo. Todo o professor que eu conheço quer fazer o bem para seus alunos. Mas quando o professor entra em uma escola ou sistema de ensino que não funciona e que faz com não seja bem sucedido, mesmo trabalhando muito, começa a ficar desmotivado. Se ele tiver a oportunidade de trabalhar em uma escola que o valorize como profissional e na qual consiga fazer um bom trabalho, sempre gosta.

A maioria dos que defendem que curso superior não é necessário são pessoas que foram para a universidade e tiveram sucesso.
Os salários das escolas Summit são mais altos que a média?
Tavenner: São salários competitivos.
 E que equipamentos os alunos têm disponíveis?
Tavenner: Nós damos um laptop para cada estudante e conexão de internet. Naturalmente, todos eles levam seus celulares para a escola. E os professores também têm laptop.

E as salas de aula, como são?
Tavenner: Grandes, com poucas paredes, têm apenas algumas divisórias. Se parecem com as salas de trabalho de empresas de tecnologia.
 
O custo de uma escola Summit é superior ao de uma escola pública tradicional americana?
Tavenner: É o mesmo. Às vezes é um pouco menos. As escolas charter (geridas pelo setor público e privado, como as Summit ) recebem um pouco menos de dinheiro do governo que as regulares. Ou seja, a manutenção não é mais cara que a das tradicionais. Usamos o dinheiro de forma diferente, mas não é mais.

Por que as doações são necessárias?
Tavenner: Nós precisamos das doações para começar. Não temos dinheiro para construir o prédio, instalar a tecnologia. Não temos nada. As escolas charter só começam a receber dinheiro do governo quando os alunos começam a aprender. Precisamos do capital inicial.
 
A missão das escolas Summit é preparar os alunos para a universidade. Existem movimentos nos EUA que defendem que fazer um curso superior não é o único jeito de obter sucesso . O que você pensa sobre esse posicionamento?
Tavenner: Existe, mesmo, um pequeno debate sobre essa questão. Mas a maioria das pessoas que defendem isso são pessoas que foram para a universidade e tiveram sucesso. Você não ouve pessoas pobres dizendo isso, você não ouve mães de jovens que querem ir para a universidade dizendo isso. Então eu não acho que essa seja uma boa discussão. De qualquer forma, nenhum estudante vai ser prejudicado por ser preparado para a universidade. Se depois ele escolher não ir, já terá aprendido muitos valores e conhecimentos que o preparam para uma carreira. Eu acho que o nosso trabalho no sistema público de ensino deve ser o de preparar o aluno para a universidade para que ele tenha condição de escolher. Se ele preferir não ir para a faculdade, tudo bem. 

fonte: ig.com.br

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Professor não pode concorrer com a internet

Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário.

Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim.

Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.

“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.

“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”
O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”

Para ele, a culpa não é do profissional, mas do sistema engessado que além de não formá-lo não o deixa fazer diferente. “Não faz sentido começar um trabalho na internet e, depois de 50 minutos, dizer: a gente continua semana que vem. Assim como cada professor cuidar de uma disciplina, como se os assuntos não fossem relacionados, ou tratar de temas sem mostrar na prática para que servem na sociedade tornam a escola sem sentido.”

A doutora em linguística e especialista no impacto da tecnologia na aprendizagem Betina von Staa também culpa principalmente o sistema de ensino pela falta de aceitação da tecnologia. “Muitos professores não aceitam trabalhos digitados apenas para evitar cópias. A preocupação é maior com o controle de notas do que com as possibilidades de aprendizado”, lamenta.
Foto: O Dia Pesquisa em escolas públicas do Rio mostrou que 92% acessam internet todos os dias, em casa, na escola e até no celular
Na opinião dela, o aluno precisa de orientação para procurar informações confiáveis e questionar dados encontrados na internet. “Todas as pesquisas apontam que a tecnologia traz benefícios, porém desde que venha com formação dos professores para dar apoio.”

O Colégio Ari de Sá, em Fortaleza, é um exemplo de exceção na introdução da tecnologia na sala de aula. Além de equipamentos - lousas digitais, computadores e até tablets para os alunos que preferirem o equipamento aos livros - a escola tem formação para os professores diariamente e no contexto das aulas. O coordenador de informática educativa, Alex Jacó França, passa em cada sala tirando dúvidas dos professores e dá dicas de como incluir ferramentas online em cada tópico.
"Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior a liberdade que dá ao aluno no formato de suas pesquisas e melhor o aprendizado", garante o especialista. Para ele, mesmo nos casos em que as escolas não têm equipamento, o conhecimento do professor para incentivar o uso de tecnologias e a abertura para deixar os alunos irem além dos livros faz a diferença.

Durante fórum sobre tecnologia e educação promovido pela Blackboard no último dia 12, em São Paulo, educadores estrangeiros sustentaram opinião parecida. A diretora de avaliação da Universidad Cooperativa de Colômbia, Maritza Randon Rangel, afirma que a democratização do acesso à rede dá oportunidade para que mesmo escolas rurais e afastadas tenham desempenho equivalente às que estão mais próximas de recursos culturais e financeiros. “Tivemos êxito com isso na Colômbia, mas além das máquinas é preciso uma equipe com objetivos claros.”

Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior  liberdade dá ao aluno e  melhor o aprendizado",
Alex Jacó, coordenador de informática educativa
Já a pedagoga Patrícia Patrício, mestre em Formação de Professores pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do livro “São Deuses os Professores?”, defende que os educadores de sucesso conseguem êxito com ou sem ajuda da escola. “Em geral profissionais que se destacam fazem isso, apesar da escola”, conta.

É o caso de professores premiados em todas as edições das Olímpiadas Brasileiras de Matemática, como Antonio Cardoso do Amaral, de Cocal dos Alves, no Piauí, e Maria Botelho, de Uberlândia, em Minas Gerais. Ambos não têm formação ou estrutura tecnológica acima da média da rede pública nas escolas, mas incentivam os alunos a usá-la em casa e valorizam dúvidas e exercícios trazidos dentro ou fora do contexto da aula. “Às vezes chego em casa e um aluno me deixou uma dúvida no Facebook, eu adoro, significa que eles estão indo além da aula”, diz Botelho.

fonte: ig.com.br

Professores não são preparados para ensinar - Na faculdade, futuro professor gasta maior parte do tempo com "fundamentos teóricos"

Um professor com poucas oportunidades de aprender a dar aula é como um médico que não sabe tratar do paciente ou um advogado que não conhece os caminhos para defender o réu. Mas o que parece tão contraditório é uma realidade no caso dos educadores. O problema é comprovado por pesquisas, práticas e maus resultados que são tema de série que o iG Educação publica de hoje até quinta-feira.

Em todas as etapas de formação, os docentes enfrentam restrições ao aprendizado do próprio ofício. A universidade reserva a menor parcela do curso a lições de como ensinar, a bibliografia sobre o assunto é desproporcional à demanda e o tempo de aprendizado dentro da escola – apesar de previsto em lei – é desviado para assuntos burocráticos.

Para piorar, o modelo pelo qual os próprios professores aprenderam e que muitos replicam há décadas empaca diante de uma geração moldada pela facilidade e rapidez de resposta da internet. “A sociedade não precisa mais de alguém que traga a informação. Isso o computador pode fazer. No entanto, a sociedade precisa cada vez mais de um mestre que ensine a pensar, a resolver problemas, a produzir conhecimento. Só que dificilmente o educador sabe como fazer isso”, resume o professor emérito em Educação na Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal de Sergipe, Bernard Charlot.

Na opinião dele, os problemas de formação são potencializados pela tecnologia a que os alunos têm acesso, mas continuam sendo os mesmos. “A questão não é se o professor sabe promover o aprendizado naquele ambiente, mas se ele tem repertório para ensinar em vez de reproduzir informação”, diz.

Pesquisas mostram que o problema começa enquanto o futuro mestre ainda é o aluno. A Fundação Carlos Chagas analisou detalhadamente os currículos de 94 faculdades de Letras, Matemática e Ciências Biológicas em todas as regiões do País por dois anos e concluiu que o “como ensinar” está longe de ser o foco dos cursos.

O currículo dos cursos de professor

  
Em Letras, apenas 5,7% das aulas focavam em “didáticas, métodos e práticas de ensino”, em Matemática, 8% e, em Biológicas, 10%. Todo o restante do curso forma especialistas em cada área, explica o sistema educacional, expõe fundamentos teóricos ou mesmo apresenta “outros saberes”. A introdução de temas tecnológicos apareceu em apenas 0,2% dos currículos.

Os dados da pesquisa, publicada em 2008, até agora não geraram mudanças sistemáticas. Dentro de limites genéricos como “fundamentos teóricos” e “conhecimentos específicos”, as universidades têm autonomia sobre os conteúdos dos cursos e, como simples orientador, os governos que tomam iniciativas têm resultado tímido na mudança dos currículos de faculdades para professores.

No Espírito Santo, a gerente de formação do magistério da Secretaria de Educação, Tania Paz, chamou 33 faculdades para debater os resultados e propor mudanças. Só 23 aceitaram. Ao longo de um ano foram nove encontros em que a Fundação Carlos Chagas participou, mas ao final não é possível dizer se haverá alteração prática. “Mostramos para eles nossas necessidades em sala, mas dentro das instituições a decisão é dos coordenadores de curso”, afirma a gerente.

Para ela, a dificuldade na formação é a base da crise educacional que o País enfrenta. “Fizemos uma avaliação diagnóstica do que era preciso melhorar no sistema a partir das dificuldades dos alunos e a conclusão é sempre a mesma: o professor”, afirma, ponderando que o profissional é, ao mesmo tempo, vítima e reprodutor do problema. "Muitos já escolhem a profissão por não conseguir aprovação nas carreiras mais concorridas por conta de uma educação ruim que tiveram e vão perpetuar enquanto não conseguirmos buscar formas de compensação."


A questão não é se o professor sabe promover o aprendizado naquele ambiente, mas se ele tem repertório para ensinar em vez de reproduzir informação", professor
Bernard Charlot
O Ministério da Educação também encontrou um problema ainda anterior aos currículos das faculdades: a falta de livros sobre didática. Um edital para compra de material aberto de 2008 a 2011 resultou em apenas 100 obras aprovadas, segundo o então ministro da Educação, Fernando Haddad. “Mundo afora, você vai ver que chega a centenas de milhares de títulos. No Brasil, se uma pessoa iluminada quiser fazer mudanças num curso de licenciatura, vai ter de forjar o próprio material”, comentou às vésperas de deixar o cargo, em janeiro.

Na época, ele dizia que a colaboração do governo federal seria montar uma prova para professor que seria baseada em didática e acabaria incentivando a mudança nos cursos. "Hoje, 70% dos concursos públicos para admitir educadores são feito de questões jurídicas. Está mais para teste da OAB do que docência", comentava. Até o momento, no entanto, não há anúncio oficial da avaliação anunciada há dois anos.

fonte: brtrubo.com.br