sábado, 5 de novembro de 2011

Software amplia interações no ensino da matemática e oferece comunidade para trocas de conteúdos

A abordagem de figuras geométricas e equações matemáticas em sala de aula ganha novas possibilidades com programas que oferecem interfaces interativas para professores e alunos. Com características que lembram o já consagrado software de programação Scratch, o iME, desenvolvido pelo pesquisador George Touma, da Universidade de Ottawa, permite que, após uma aula realizada com o auxílio desta ferramenta, o conteúdo seja disponibilizado em uma rede aberta e global entre seus usuários.

O Scratch (confira iniciativa premiada pelo Instituto Claro que utiliza esta ferramenta) , surgido no MIT, ganhou espaço nas instituições de ensino mundo afora por permitir que as pessoas pudessem acessar games programados por usuários que cadastravam suas criações em comunidades do próprio Scratch. No iME, o conteúdo disponível para compartilhamento é sempre o produto de uma aula que foi projetada - de preferência em uma lousa digital - e contém todas as anotações feitas em um plano cartesiano, assim como a voz dos professores e dos estudantes durante a aula.

Neste plano cartesiano, o educador pode fazer uso das ferramentas já presentes no software, como esquadros, transferidores, réguas, e pode ainda reutilizar aulas disponibilizadas por outros docentes, avançando com os seus alunos a partir de riscos, desenhos e equações já existentes.

O professor brasileiro Guilherme Hartung, entusiasta de projetos inovadores que usam as tecnologias digitais e referência no Brasil por seu trabalho com os alunos do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio (RJ), foi convidado pelo pesquisador canadense para testar a ferramenta e aprovou. “É um excelente recurso, pois a torna mais dinâmica, permite que ali na lousa estejam registradas todas as evoluções da aula em texto e áudio. E, ao final, você ainda pode estimular os alunos a acessarem aquele conteúdo para estudar em uma comunidade online”, explica. “Ali eles encontram outras aulas e podem se interessar, relacionar aprendizados etc.”, completa.

Hartung reforça que, embora o software possa, sim, funcionar em computadores, muito do potencial deixa de ser aproveitado se as atividades não forem realizadas na lousa digital, pois as anotações que vão sendo feitas enquanto professor e alunos discutem o conteúdo são parte importante do processo.

O software iME está disponível para download e, nesta página onde é possível acessá-lo, há diversos exemplos de aplicações da ferramenta. Em e-mail ao Instituto Claro, o pesquisador George Touma destacou a gratuidade do iME e pontuou que ainda se trata de um protótipo - que recebeu financiamento do Ministério da Educação de Ontário, interessado em observar o impacto deste software nas escolas desta província canadense.

fonte: institutoclaro.org.br

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