terça-feira, 29 de setembro de 2015

Como combater o abandono e a evasão escolar


Saiba como você, gestor, pode proceder para combater a evasão e garantir a presença de todos os alunos na sala de aula.


Ilustração: Estudio Rabisco
Ilustrações: Estudio Rabisco

As aulas já começaram há algumas semanas e, a esta altura, os alunos estão adaptados e as atividades escolares, em pleno curso. Mas você já conferiu se todos os matriculados estão realmente frequentando as classes ou se há alguém que falta regularmente ou nem sequer apareceu? O problema do abandono dos estudos e da evasão preocupa os educadores e responsáveis pelas políticas públicas. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a evasão atinge 6,9% no Ensino Fundamental e 10% no Ensino Médio (3,2 milhões de crianças e jovens, segundo dados de 2005). São mais 2,9 milhões (dados de 2007) que abandonam as aulas num ano e retornam no seguinte, engrossando outro índice preocupante: o da distorção idade e série.
Há muitos motivos que levam o aluno a deixar de estudar – a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a falta de interesse pela escola, dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso escolar, doenças crônicas, deficiências no transporte escolar, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereço e outros. Para serem minimizados, alguns desses problemas dependem de ações do poder público. Outros, contudo, podem ser solucionados com iniciativas tomadas ao longo do ano pelos gestores escolares e suas equipes (veja as ilustrações desta reportagem), que têm a responsabilidade de assegurar as condições de ensino e aprendizagem – o que, obviamente, se perde quando a criança não vai à aula.
Além disso, como diz Maria Maura Gomes Barbosa, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac) e consultora de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR, “o acompanhamento da frequência é necessário para que a escola possa atender com qualidade e equidade, planejar e organizar a formação e a atribuição das classes e organize as salas e para que o gestor tenha elementos para analisar adequadamente o movimento na instituição e o andamento do processo de ensino e aprendizagem dos alunos”.

Ilustração: Estudio Rabisco
Ilustrações: Estudio Rabisco

Também pode ser levado em consideração o impacto que o abandono e a evasão certamente provocam no orçamento de uma rede, já que a distribuição dos investimentos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é feita de acordo com o número de alunos que efetivamente estão matriculados e frequentam a escola.
O controle das ausências dos alunos gera benefícios muito além dos recursos financeiros às redes de Ensino. Isso porque, quando cada diretor age em sua escola e, depois, compartilha dados de evasão e abandono com os demais diretores, é possível tomar providências em conjunto. De acordo com Maura, “é preciso cuidar para que as medidas não sejam personalizadas e que os gestores contem com a orientação da Secretaria de Educação para atuar em rede”.

Ilustração: Estudio Rabisco
Ilustrações: Estudio Rabisco

Os procedimentos para o acompanhamento da frequência precisam estar contemplados no projeto político pedagógico da escola e na pauta de discussão com o corpo docente nas reuniões de planejamento. A primeira medida eficiente para que esse controle seja feito diariamente é a tradicional chamada, que os professores devem ser incentivados pelos gestores a fazer em todas as aulas. “Chamar os alunos pelo nome também é uma das formas de construir vínculos e dar identidade ao grupo”, afirma Maura. Para que isso aconteça, é preciso ter, desde o primeiro dia, planilhas completas com os nomes de todos os estudantes, preparadas com a ajuda da secretaria da escola – e essas precisam ser analisadas regularmente pela equipe gestora. Dessa forma, tem-se uma boa ferramenta para observar a rotatividade na escola, que está presente desde o começo do ano, e traçar estratégias para lidar com ela.
Também no primeiro semestre, o diretor realiza o Censo Escolar e preenche as tabelas com dados de aprovação, reprovação e movimento escolar solicitadas anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “Depois que essa tarefa termina”, aponta Maura, “é preciso continuar buscando medidas para acompanhar a presença dos estudantes, trabalhando sempre para conservar ou aumentar o número de crianças e jovens com acesso à Educação”.

Ilustração: Estudio Rabisco
Ilustrações: Estudio Rabisco

Nesse percurso, o diretor pode se deparar com problemas de origem pedagógica. Existem casos de crianças que deixam de ir à escola porque apresentam um desempenho ruim e há também aquelas que, no extremo oposto, evadem ou abandonam os estudos por não se sentirem desafiadas e estimuladas. Tais situações requerem a parceria com o coordenador pedagógico e, por vezes, a implantação de projetos de formação que auxiliem o professor a ensinar para todos.
A equipe gestora também pode se unir para lançar mão de conversas com a comunidade, cartazes, visitas às famílias e meios de comunicação disponíveis na cidade para dar um fim feliz às histórias de abandono e evasão. Todas essas são formas de chegar até as famílias do entorno e mostrar a elas que a escola se preocupa com os seus filhos. Se nenhuma dessas ações funcionar, ainda é possível recorrer ao Conselho Tutelar (que entra em contato com as famílias para garantir que os direitos de crianças e adolescentes sejam cumpridos) ou, em último caso, ao Ministério Público (que toma as medidas judiciais cabíveis).

fonte: Gestão Escolar

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

PRÊMIO: EDUCADORES DO BRASIL - Inscrições Prorrogadas até 28/09/2015


Uma Pátria Educadora se faz com educadores de verdade.

É consenso nacional a prioridade máxima que deve ser atribuída à educação pública básica. Assim, cumpre a nós, gestores educacionais, organizar a agenda e estabelecer estratégias e cronogramas de ações conjuntas para vencermos este desafio. A partir deste horizonte de desafios que UNDIME, CONSED e MEC, articulados, estabeleceram a Iniciativa Educadores do Brasil – uma ação com foco na meta 17 do PNE – valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica – e também na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão entre todas as escolas do Brasil. Essa iniciativa também alinha-se ao conceito de Pátria Educadora, que propõe o avanço na qualificação do ensino a partir de uma organização da cooperação federativa em educação.
Uma das mais importantes diretrizes das políticas públicas educacionais no Brasil é a sua elaboração e execução mediante a colaboração dos entes federados. A organização federativa da educação brasileira e a divisão de responsabilidades entre as diferentes instâncias supõem efetiva articulação e reunião de esforços com o objetivo de alcançar padrões de qualidade que atendam, com equidade, a todas as crianças, jovens e adultos como cidadãos, sujeitos de iguais direitos.

Com base nesses princípios está definida a legislação educacional no País. Seu cumprimento depende de ações de diversos tipos, que se efetivam, entre outras, nas políticas de organização dos sistemas de ensino; de oferta da educação escolar nos diferentes níveis e modalidades; de garantia de acesso e permanência ao longo da trajetória escolar; de financiamento e gestão de recursos financeiros; de alocação de recursos materiais e provimento de adequada infraestrutura e insumos didáticos e pedagógicos; e de valorização dos profissionais da educação.

Não é por acaso que, em vinte metas, o Plano reserva cinco metas voltadas para esses profissionais. São eles obviamente agentes estratégicos na concretização de uma educação de qualidade. É imperativo, portanto, que as políticas educacionais a eles assegurem o devido reconhecimento de sua relevância. Essas são as principais razões que fundamentam a decisão do Ministério da Educação e do Consed de integrar os Prêmios Professores do Brasil e Gestão Escolar. Essa ação se insere no âmbito da Iniciativa Educadores do Brasil, estabelecida pelo MEC, Consed e a Undime, com foco na meta 17 do PNE, de valorização de profissionais do magistério das redes públicas de educação básica e também na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão entre todas as escolas do Brasil. Trata-se de mais uma proposta para promover o avanço na qualificação do ensino a partir de uma organização da cooperação federativa em educação.

Por que se inscrever?

O Prêmio Professores do Brasil, instiuído em 2005 pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), está em sua 9ª edição.
Para participar é preciso produzir um relato de experiência, evidenciando sua qualidade e resultados obtidos – como por exemplo: registro fotográfico ou vídeo de materiais didáticos produzidos ou das atividades realizadas com os alunos; estatisticas que demonstrem efevas melhoras nos indicadores educacionais de acesso, de permanência e de rendimento dos alunos envolvidos; argos e matérias publicadas em jornais, revistas e Internet.
Escrever sobre uma experiência vivida na sala de aula é uma forma de sistematizar e organizar o conhecimento produzido pelos professores. Então, os participantes desenvolvem um exercício de reflexão sobre a própria prática, promovendo o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem.

Quem pode participar?

Todos os professores de escolas públicas da educação básica podem se inscrever enviando um relato do trabalho desenvolvido com uma turma de alunos.

Categorias de premiação

  1. Creche – Educação Infantil;
  2. Pré-escola – Educação Infantil;
  3. Ciclo de alfabetização: 1º, 2º e 3º anos - Anos iniciais do Ensino Fundamental;
  4. 4º e 5º anos - Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
  5. 6º a 9º anos - Anos Finais do Ensino Fundamental;
  6. Ensino Médio

Premiação

Serão premiados 5(cinco) professores em cada uma das 6 (seis) categorias, totalizando 30 experiências selecionadas, cada uma com R$ 7.000,00.
  • Em cada categoria deverá ser premiado 1(um) professor por região geográfica do país.
  • Dentre os cinco professores premiados em cada categoria, um será selecionado para receber premiação extra de R$ 5.000,00 por categoria.
  • Dentre os trinta professores premiados, dois terão o direito de carregar a tocha no evento de Revezamento da Tocha Olímpica em 2016, tendo como critério de seleção a identificação de valores ligados ao espírito olímpico e/ou estímulo à prática de atividade física nas experiências pedagógicas, se houver.
  • As escolas nas quais foram desenvolvidas as 30 experiências selecionadas serão premiadas com placa comemorativa.

Por que se inscrever?

O Prêmio Gestão Escolar, realizado desde 1998 pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), estimula a melhoria da gestão das escolas públicas.
Ao fazer o cadastro, os diretores têm acesso a um instrumento de autoavaliação dos processos de gestão e a um roteiro para o planejamento de um plano de ação – a ser construído com a comunidade escolar.
Participar é um ganho para a comunidade escolar que pode utilizar as mesmas ferramentas para analisar a evolução dos processos de gestão.
O Prêmio busca reconhecer boas práticas, incentivar o aprimoramento dos processos de gestão e promover ações que possibilitem a troca de experiências entre gestores, multiplicando boas estratégias.

Quem pode participar?

Escolas do ensino regular da educação básica, das redes públicas estaduais/distrital e municipais, representadas pelo diretor, que realizem o processo de autoavaliação.

Premiação

Para as escolas "Destaque Local" e "Destaque Estadual" são concedidos certificados pelo site.
As cinco escolas finalistas e a vencedora, recebem o diploma de "Destaque Regional" e "Referência Brasil" respectivamente.
É concedida também premiação em dinheiro, de forma não cumulava:
  • R$ 6.000,00 para as escolas indicadas como "Destaque Estadual/Distrital";
  • R$ 10.000,00 para as escolas selecionadas como "Destaque Regional";
  • R$ 30.000,00 para a Escola classificada como "Referência Brasil".
O diretor da escola "Referência Brasil" receberá R$ 6.000.00.